No post da vez, vou falar sobre nossa trilha ao local em que Lampião foi morto. Poucos sabem da história por trás dessa morte, e foi muito interessante ver o local, escutar e imaginar como tudo aconteceu.
No dia em que foi assassinado por policiais, lampião estava se despedindo do cangaço. Ele resolvera passar seu posto para um outro colega. Seu sobrinho acabara de entrar para o movimento, e, sendo assim, precisava de suas vestimentas. Como nem Lampião e nem seu bando podiam ir à cidade, ele mandou uma pessoa de confiança (esqueci o nome do rapaz, mas ele era considerado coiteiro de lampião, já que o recebia em sua casa e prestava toda assistência ao rei do cangaço).
Cidade pequena, logo as notícias correm soltas. As pessoas começaram a estranhar que o coiteiro - pobre - estava comprando grande quantidade de material. A polícia, ja tendo conhecimento de que o coiteiro sabia do paradeiro de Lampião, armou uma "emboscada", espalhando notícia falsa de que iria em outra cidade atrás dos cangaceiros, para, assim, o coiteiro repassar a mensagem à Lampião e eles ficarem "despreocupados" com a vigia; e assim ocorreu!
Lampião recebeu o falso aviso e, dessa forma, liberou todos para festejarem com ele, já que era sua despedida, até que foram abordados pela polícia. Ao total, havia 35 cangaceiros, 24 conseguiram fugir, havendo a morte de 11, dentre eles, Maria Bonita e Lampião. Este recebeu dois tios, mas só morreu no terceiro, quando um policial deu o "tiro de misericórdia". Já Maria, recebeu dois tiros, mas só foi morta quando um policial a encontrou e a degolou viva.
Além dos 11 cangaceiros, morreu também um policial, Adrião Pedro. Este foi morto pelo colega de profissão, que o eliminou por "saber demais".
A nossa chegada ao local exato do acontecido durou cerca de 15/20 minutos. Tem algumas descidas e subidas, mas nada que dê pra cansar muito. O guia vai nos contando tudo de relevante... ao total, acredito que o passeio tenha durado uns 40 minutos. Junto com a nossa turma, havia outros turistas, do Rio de Janeiro.
Hoje, há duas cruzes no local. Uma, para Lampião, a outra é para os outros cangaceiros mortos |
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