julho 11, 2020

Quando tudo começou

 

Eu não lembro exatamente onde começou a minha paixão por fotos. Foi muito antes do Orkut bombar. Foi bem antes da internet discada. Calma, também não sou tão velha assim, mas já passei por bastante fases do mundo tecnológico, vai!

Meu tio era casado com uma mulher que tinha uma câmera digita daquelas pequenas e cinzas. Era bastante pesada, mas bombava nos eventos de família. Eu, como sempre, com ela na mão, saía tentando registrar tudo o que eu via. Pedimos o equipamento emprestado tantas vezes, que ficou constrangedor, e foi aí que minha tia decidiu comprar uma só pra gente. Imagine a minha felicidade. A nossa tinha a mesma cor, mas era muito mais bonitinha e não parecia com um tijolo. Lembro que, quando minhas amigas e eu decidíamos fazer noite do pijama, eu levava a câmera e ficávamos horas fazendo pose na frente do espelho. No dia seguinte, era certo as fotos serem editadas no Photoscape e carregadas para o Orkut, em um álbum só pra elas.

Certo dia, eu quebrei a câmera. Ela caiu e ficou com um problema no zoom, o que me fez chorar muito (detalhe: a câmera nem era minha). Minha tia logo levou ao conserto, mas, pouco tempo depois, ela continuou dando o mesmo problema. Até que a paixão passou um pouco. Ficamos sem câmera por uns bons anos. Isso não quer dizer que eu parei de fotografar, muito pelo contrário, mas não era com a mesma intensidade que antes. Até meu número de fotos no orkut diminuiu, eu cresci e fui afunilando o que eu realmente queria fazer da vida, e, naquele momento, fotografar não era algo que eu via para o futuro.


Certo dia, minha tia ganhou a primeira câmera semiprofissional. Era uma sony cyber-shot, preta. Até hoje ela tem, inclusive, mas não faz tanto uso. Por uns bons longos anos, eu era quem mais usava. Foto pro intagram, facebook, whatsapp...até que eu comecei a me imaginar com a minha própria câmera. Uma mais profissional do que a da minha tia. Uma Canon (ou Nikon?). Comecei a ver vídeos, reviews...e cheguei na bebê que eu tenho hoje, e que me faz tão feliz, que me ajuda a crescer e a amadurecer nesse ramo que, hoje, eu vejo que não é passageiro. 

A Canon t5 agora é a que captura os sorrisos da minha família. É a que possibilita com que eu congele certos momentos. E eu sou muito agradecida por ter tido uma oportunidade financeira de comprar minha câmera de entrada com meu próprio dinheirinho. Mas, apesar de tanta história, eu sinto a necessidade, não de trocar de câmera, mas fazer um Update. Vou sim comprar outro modelo da Canon, e não pretendo deixar minha velha t5 de lado, mas restringir seu uso. 

Não pretendo vendê-la, eu tenho um apego emocional muito grande para que eu consiga fazer isso. Vou guardá-la o suficiente para que minhas próximas gerações saiba como e com o quê eu comecei. 

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